Responsável por pagar aposentadorias, pensões e uma série de benefícios assistenciais, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem um alcance gigantesco. Estima-se que atenda a 40 milhões de pessoas, o equivalente a 20% da população brasileira, sendo que a maioria dos assistidos tem os valores recebidos como a sua principal fonte de renda. Somente para a Previdência Social, o governo reservou 1 trilhão de reais no Orçamento de 2025, montante que cresce ano após ano e que, de tão mal gerido, tornou-se alvo fácil de criminosos.
No fim de abril, uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou um esquema que surrupiava todos os meses uma parcela das remunerações dos segurados. É uma fraude monumental, que requer investigação séria e respostas urgentes, mas que corre o risco de se transformar num barulhento — e infrutífero — palanque eleitoral.
Na última terça-feira, 17, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), formalizou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a fraude nas aposentadorias. O problema é que recentemente também há exemplos e mais exemplos de como os congressistas usaram iniciativas do tipo para a autopromoção e a tentativa de desgastar os adversários, esvaziando as apurações e desmoralizando as próprias CPIs. A possibilidade de que isso ocorra no caso do INSS, que virou motivo de cabo de guerra nas redes sociais, não pode ser desconsiderada.
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Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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Via: @vejamais
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